segunda-feira, 19 de maio de 2008

Estudo americano diz que num planeta mais quente haverá menos furacões

O planeta do final do século, mais quente, terá menos furacões, conclui um estudo norte-americano, publicado ontem na revista “Nature Geoscience”. Este é um trabalho contra-corrente, num mar de previsões de tempestades mais frequentes.
A investigação da NOAA (Administração Nacional Atmosférica e Oceânica), liderada por Thomas R. Knutson, quis saber quais serão os impactos das alterações climáticas no Atlântico Norte, através de um novo modelo informático regional.
“Os nossos resultados não apoiam a teoria do aumento da frequência das tempestades, originadas pelas concentrações de gases com efeito de estufa na atmosfera”, revela Knutson.
A investigação projecta para o oceano Atlântico no final deste século uma diminuição de 27 por cento no número de tempestades tropicais e de 18 por cento de furacões.
No entanto, os cientistas ainda não conseguem apontar as razões para este decréscimo. “As razões para a redução da frequência de tempestades continuam a ser investigadas”. Mas as “alterações na circulação e/ou humidade são os factores mais prováveis de influenciar” este quadro, adianta.
O estudo de Knutson conclui também que, apesar de serem em menor quantidade, os furacões serão ligeiramente mais fortes.
Knutson não espera que estas conclusões ponham um ponto final do debate científico sobre o impacto das alterações climáticas nas tempestades. “Não vemos neste estudo a última palavra sobre esta questão”, cuja pertinência foi reforçada desde os furacões Katrina, Wilma e Rita, em 2005, comentou o cientista aos jornalistas, citado pela BBC online.
Na verdade, em Janeiro, Mark Saunders e Adam Lea do University College de Londres publicaram na revista “Nature” um estudo, segundo o qual a subida em meio grau da temperatura das águas superficiais do oceano Atlântico estava associada ao aumento de 40 por cento da frequência dos furacões.
Segundo um relatório de Dezembro de 2007 da Federação Internacional da Cruz Vermelha, em 2006 registaram-se 427 catástrofes naturais. O número de furacões e ciclones duplicou desde 1950.

Fontes: Ultima Hora

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