RIO - A Defensoria Pública da União vai pedir à Justiça que bloqueie imediatamente R$ 50 mil do contracheque do secretário municipal de Saúde do Rio, Jacob Kligerman por desrespeito à determinação judicial de manter os postos de saúde abertos nos fins de semana. A Defensoria e o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro fizeram, neste domingo, uma vistoria técnica em alguns postos de saúde do município para verificar se eles estão funcionando durante 24 horas, conforme determinação da Justiça. Até o início da tarde, foram encontrados três unidades fechadas, todas da Zona Norte (Vila Isabel, Tijuca e Engenho de Dentro).
Segundo a Rádio CBN, na inspeção, foram encontrados nos postos havia pacientes em busca de atendimento com sintomas de dengue.
A 18ª Vara Federal havia determinado, em abril, o funcionamento dos postos por 24 horas, inclusive nos fins de semana para o atendimento de pacientes com dengue. Pela decisão da juíza federal Regina Coeli Medeiros de Carvalho, Kligerman teria que pagar uma multa pessoal de R$10 mil, que incidiria diretamente no contracheque, pelo não cumprimento da determinação. Agora, a Defensoria quer o aumento desta multa.
O Rio enfrenta a pior epidemia de dengue de sua História. Números da Secretaria Estadual de Saúde dão conta que 103 pessoas morreram no estado com a doença, sendo 62 na capital. São mais de 121 mil casos.
Enquanto na esfera federal a Justiça determinou a multa, na esfera estadual a juíza Valéria Pachá, da 10ª Vara de Fazenda Pública do estado, revogou, por questão de segurança, a liminar que exigia que os postos de saúde da prefeitura permanecessem abertos 24 horas.
Epidemia só foi reconhecida pelo município na semana passada
Na semana passada, Kligerman admitiu pela primeira vez a existência de uma epidemia da doença na cidade. Até então ele tratava o problema como surtos isolados. Mas na segunda-feira acabou usando o termo epidemia ao se referir à explosão da dengue ( conheça a origem do Aedes aegipty ). Em seguida, o secretário tentou minimizar o que disse:
- No momento, se você falar epidemia ou não, não vem ao caso. Nós trabalhamos como se fosse epidemia. Falei e repito: nós trabalhamos desde o início não nos importando com o termo, mas sim com o modo de trabalhar com todas as secretarias.
Fonte: O Globo Online
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